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quarta-feira, 24 de abril de 2024

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publicado em 24/06/2016

COE Bradesco - mesa de negociação sobre emprego e minuta específica de reivindicações

Na quarta-feira (22), durante reunião da mesa de negociação sobre emprego, em São Paulo, o banco afirmou que não há um processo de demissões devido à restruturação em decorrência da compra do HSBC.

Mais uma vez, o banco negou a onda de demissões, alegando que os cortes são de ordem natural, ou seja, por motivo de desempenho, pedidos de demissões e aposentadorias.
 
Na mesma oportunidade foi apontado pela Comissões de Organização dos Empregados (COE) que, com o cruzamento das informações feitas por meio de federações e sindicatos referentes às homologações, a realidade não condiz com as informações trazidas pelos representantes do banco.
 
Durante a reunião o banco admitiu que não houve contratações no mesmo volume de desligamentos em todo o território nacional e assumiu o compromisso de ter um olhar mais minucioso em todo o país, começando nas regiões onde há maior defasagem de trabalhadores para fazer o devido ajuste. Ainda afirmou que as contratações não ocorreram do mesmo tamanho devido à crise.
 
Os representantes dos trabalhadores vão fazer os levantamentos devidos para acelerar o processo de preenchimento de vagas nos postos de trabalho.
 
Reivindicações específicas
 
O banco trouxe o retorno das reivindicações específicas dos trabalhadores do Bradesco, sendo que em relação ao fim do assédio moral e das metas abusivas, haverá uma reunião para que haja aprofundamento maior sobre este tema.
 
Sobre a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Salários, o banco manteve a sua posição de empresa com plano de carreira fechado, porém apresentou que há um novo sistema de oportunidades, através do SAP (trilhas). Desta forma fica mais objetivo o processo de ascensão, de promoção ou de oportunidades em outras áreas da empresa e que, junto com o grupo de trabalho que será criado para acompanhar o ponto eletrônico, será disponibilizado aos dirigentes sindicais conhecer este sistema.
 
Na questão sobre a ampliação da rede de atendimento do plano de saúde e odontológico, o banco se comprometeu a reativar as reuniões por federações com o intuito de ampliar a rede de atendimento.
 
Sobre a garantia dos direitos dos funcionários lesionados, que tenham passado por sequestro, afastados do trabalho, e sobre a construção de programa de retorno ao trabalho, será aprofundado com a retomada do Grupo de Trabalho de Saúde.
 
Em relação ao parcelamento do desconto do adiantamento do salário de férias, o banco formulará quesito sobre este ponto e oportunamente apresentará em breve.
 
Já sobre o programa treinet no horário de trabalho, atendendo reivindicação do movimento, o banco implementou travas para que se consiga fazer o treinamento somente no horário comercial.
 
No item sobre licença adoção, o Bradesco também se compromete a estudar este tema e também trazer o retorno o mais breve possível.
 
Na questão do Vale Refeição e Vale Alimentação, os bancários reivindicaram do banco que fosse oferecido uma opção de percentual para fracionar e distribuir os valores dos vales refeição e alimentação, considerando aquilo que lhe seja mais favorável, o banco se compromete a estudar este tópico e dar um retorno.
 
Em relação à taxa de crédito pleiteada, o banco solicitou um período para analisar esta reivindicação com o objetivo de verificar se terá condições de atender.
 
“Temos que nos mobilizar cada vez mais para cobrar do Bradesco avanços quanto às reivindicações de nossa pauta específica. Quanto mais os trabalhadores se unirem e se mobilizarem, mais teremos força para lutar por mais conquistas”, explica Maria de Lourdes, a Malú, diretora e representante da FETEC-CUT/SP na COE Nacional do Bradesco.
 
No Dia Nacional de Luta bancários do HSBC e Bradesco fizeram ato em defesa do emprego
 
Após autorização final do Conselho Nacional de Defesa Econômica (Cade) para aquisição das operações do HSBC no Brasil pelo Bradesco, os bancários dos dois bancos se uniram em Dia Nacional de Luta.
 
Os protestos, realizados na terça-feira (21) em centros administrativos, antecederam a negociação das Comissões de Organização dos Empregados (COE), das duas instituições, com a direção do Bradesco.
 
“O dia foi marcado por várias atividades em todo o Brasil, nos sindicatos filiados à FETEC-CUT/SP aconteceram várias ações: paralisações, retardamento da abertura de agências e panfletagem junto aos clientes. Os bancários e trabalhadores do Bradesco e HSBC disseram "NÃO" às demissões”, comenta a diretora.
 
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Bradesco cortou 1.466 postos de trabalho no 1º trimestre de 2016, no período o banco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões. Mesmo fechando o início do ano com lucro, o banco manteve sua política de cortes. Em apenas um ano, de março de 2015 a março de 2016, foram 3.581 empregos a menos no segundo maior banco privado do país.
 
“Não aceitaremos retrocesso de nenhum direito já conquistado e nem a perda dos nossos empregos. Os bancários já sofrem diariamente com muita pressão pelo cumprimento das metas, com assédio moral e sobrecarga de trabalho. Temos que cobrar do Bradesco mais contratações”, finalizou a dirigente Malú.
 
 
Fonte: Fontes: FETEC-CUT/SP e Contraf-CUT
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