Os bancários reunidos na 18ª Conferência Nacional da categoria, realizada entre os dias 29 e 31 de julho, em São Paulo, decidiram que não vão aceitar o fim da política de aumentos reais de salários, que há 12 anos tem seus salários reajustados acima da inflação. Aprovaram índice de reajuste salarial de 14,78% com aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%.
A conferência reuniu bancários de todo o país para a definição da pauta de reivindicações da Campanha Nacional da categoria, a ser entregue para a federação dos bancos (Fenaban) ainda no início de agosto.
“Se considerarmos apenas os cinco maiores bancos do país (Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil), veremos que eles obtiveram lucro de R$ 13,1 bilhões no primeiro trimestre de 2016. Eles ganham muito. Têm plenas condições de atender as reivindicações da categoria”, afirma a presidenta da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), Aline Molina.
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Conferência: Só a luta garante seus direitos
Os dados sobre o setor financeiro deixam claro que, com crise ou sem crise econômica, os bancos obtêm altos lucros. “Com os resultados que apresentam, independentemente da conjuntura, não podem usar o argumento de que o país vive uma crise econômica para rejeitar nossas propostas. Nós, bancários trabalhamos para que os bancos obtenham estes resultados e queremos ser reconhecidos pelo nosso trabalho”, enfatiza a presidenta da FETEC/SP.
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
- Índice de reajuste de 5% de aumento real mais inflação;
- PLR de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional;
- Piso de R$ 3.940,24 (salário mínimo do Dieese);
- Vales alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 (salário mínimo nacional);
- Vale-refeição de R$ 40,00 ao dia;
- Fim das metas abusivas e assédio moral.
Fonte:
FETEC/SP