As falas da abertura da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, na noite de sexta-feira (29), deixaram claro que a Campanha Nacional da categoria vai lutar pelos direitos não apenas dos bancários, mas de toda a classe trabalhadora. “Neste ano estamos em uma conjuntura muito diferente. Isso requer que também façamos uma campanha diferente, de união de toda a classe trabalhadora contra essa elite que quer nos impor diversos retrocessos sociais e trabalhistas”, disse Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
 
A presidenta da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), Aline Molina, também avalia que, em 2016, será preciso unificar a classe trabalhadora em torno de objetivos comuns. “A classe empresarial está unida e sabe o que quer. Nós também precisamos estar juntos para nos fortalecer na defesa de nossos direitos e na luta por nossas reivindicações”.
 
O Secretário Geral da CUT, Sergio Nobre, acredita que a categoria bancária tem muito a contribuir com essa busca de unificação da classe trabalhadora. “Vocês construíram uma convenção coletiva nacional que é exemplo para todas as demais categorias. Fizeram isso debatendo com todas as forças, com todas as correntes de pensamento presentes na categoria bancária e, a cada ano, fazem campanhas em defesa de seus direitos, sem que ninguém precise deixar de lado suas ideologias e formas de organização”.
 
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O secretário geral da CUT indica que na união da classe trabalhadora é preciso divulgar todos os retrocessos que o governo interino de Michel Temer está impondo aos trabalhadores.
 
No encerramento da mesa de abertura da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, o presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, o Betão, disse que a campanha de 2016 será de defesa dos direitos e por conquistas para a categoria, mas também de denúncia dos ataques aos trabalhadores. “Temos um governo com profundo ódio de classe. Isso se percebe claramente em todos os projetos que já foram apresentados e em todas as declarações feitas por membros do governo. Nossa categoria percebe isso também nos bancos. Esse governo quer exterminar os bancos públicos. Não vamos permitir. Vamos lutar por nossos direitos e também pelos direitos de toda a classe trabalhadora”.

Fonte: FETEC/SP