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quinta-feira, 18 de abril de 2024

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publicado em 27/07/2016

Dia 27 de julho Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho

No dia 27 de julho celebramos o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. A data é símbolo da luta dos trabalhadores brasileiros por melhorias nas condições de saúde e segurança no trabalho.
 
No início da década de 70, a iniciativa do Banco Mundial em cortar os financiamentos para o Brasil, caso o quadro de acidentes de trabalho não fosse revertido, resultou na publicação das portarias nº 3236 e 3237, em 27 de julho de 1972. Segundo estimativas da época, 1,7 milhão de acidentes ocorriam anualmente e 40% dos profissionais sofriam lesões.
 
De acordo com a Previdência Social, acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que causa a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho.
 
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) os acidentes do trabalho são a causa da morte de dois milhões de pessoas por ano, em todo o mundo e de acordo com a Organização, esses números representam mais mortes do que as ocasionadas pelo uso de drogas e álcool juntos. Somados a esses números são registrados em média quase 270 milhões de acidentes não fatais e 160 milhões de novos casos de doenças ocupacionais.
 
Pesquisas indicam que os bancários estão entre as categorias de trabalhadores que mais adoecem, tanto mental como fisicamente. Observa-se que as doenças relacionadas ao trabalho crescem proporcionalmente à lucratividade dos bancos.
 
“A prática de constantes constrangimentos psicológicos, associada à cobrança abusiva de metas, é apontada pelos trabalhadores como a principal causa de desgaste mental e adoecimento no trabalho”, explica Rosângela Lorenzetti, diretora de saúde e condições de trabalho da FETEC-CUT/SP.
 
Terceirizados sofrem mais – As causas para tantos acidentes e adoecimentos são conhecidas: precarização das condições trabalho, fragilidades das comissões de prevenção a acidentes (Cipas), não cumprimento pelos empregadores da legislação de proteção à saúde dos trabalhadores, entre tantos outros.
 
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indica que para cada dez acidentes de trabalho sete são com trabalhadores terceirizados. Sendo assim, a terceirização de serviços está entre as principais razões para o aumento o crescimento de adoentados.
 
Para Rosângela, o momento atual, com o governo interino ameaçando direitos trabalhistas preocupa. “Vemos o risco de uma terceirização indiscriminada, o que é muito ruim, pois pode elevar o número de adoecimentos”, argumenta. “É um alerta muito importante para os sindicatos e para a sociedade em geral, temos que debater o tema, discutir a saúde e a prevenção de doenças e acidentes laborais”, conclui a diretora.
 
Devido à relevância do tema, dia 30 de julho (sábado), na 18ª Conferência Nacional dos Bancários 2016, um dos temas debatidos será - Saúde do Trabalhador, Segurança Bancária e Condições de Trabalho.
 
Fonte: FETEC-CUT/SP
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