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quinta-feira, 28 de março de 2024

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publicado em 15/07/2016

Financeiras põem desculpa na crise para negar reivindicações dos trabalhadores

A Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) negou nesta quinta-feira (14) praticamente todas as reivindicações dos trabalhadores na mesa de negociações com os representantes da categoria. Disseram-se “perplexos” com a pauta de reivindicações e que a mesma não condiz com a atual conjuntura econômica.

“Não concordamos com essa postura e vamos insistir nas nossas reivindicações. As financeiras integram um segmento da economia que tem os mais elevados lucros. As reivindicações espelham a realidade de trabalhadores de várias partes do país, que merecem ser valorizados por todo seu esforço e dedicação”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten.

Para o secretário geral e representante da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) na mesa de negociações com as financeiras, Eric Nilson, a resposta das financeiras não se justifica e demonstra o ritmo que terá a campanha. “As financeiras tiveram grandes lucros desde o último dissídio e utilizam a crise atual para tentar arrochar o trabalhador. Queremos antecipar o acordo, mas desta forma não podemos aceitar. Vamos lutar muito para termos nossas reivindicações atendidas”, disse.

Além da Contraf-CUT e da FETEC/SP, as federações do Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Centro Norte e Santos representaram os trabalhadores. Entre as financeiras estavam representadas a Omni, Santeli, Aymoré, Perfisa, BV, Santana, Cred-System, Itaú e Bradesco.

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES

Reajuste de 15,31%, composto pela reposição da inflação mais 5% de aumento real; Piso Escritório R$ 3.777,93 (valor igual ao salário mínimo indicado pelo Dieese em maio de 2016); e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários estão entre as reivindicações dos financiários para a Campanha Nacional 2016. Outros pontos da pauta são relacionados à saúde e condições de trabalho, como o assédio moral e metas abusivas.

PLR

A proposta apresentada pelos financiários é a de adiantamento de 60% do valor fixo da PLR + 54% do salário + adicional de PLR. A Fenacrefi disse que não é viável a proposta e sinalizou vai continuar com o mesmo modelo de 2015 (90% do salário mais R$ 2.300, 26, com teto de R$ 10.977, 76), reajustado pelo índice da Campanha.

TERCEIRIZAÇÃO

A Fenacrefi não aceita debater sobre terceirização. Informaram que vão aguardar os resultados da votação do Projeto de Lei Complementar 30/2015 (antigo PL 4330), que está em tramitação no Senado e regulamenta a terceirização irrestrita, também para as atividades-fim.

METAS ABUSIVAS

A Fenacrefi não vai abrir negociações sobre a definição de metas. Para os representantes das financeiras, não existem metas “abusivas”.

DEMAIS CLÁUSULAS

Também foram ignoradas reivindicações sobre a garantia de retorno ao trabalho e garantia de salário do empregado com benefício indeferido ou alta médica da previdência, assim como o abono assiduidade. Para a Fenacrefi a assiduidade é uma obrigação do trabalhador e, por isso, não concorda em premiar assiduidade.

PARCELAMENTO DE FÉRIAS

A única cláusula que teve um retorno positivo foi sobre o parcelamento de férias, mas querem discutir como seria o formato.

PRÓXIMA REUNIÃO

As financeiras têm interesse em fechar o índice de reajuste antes dos bancários. A próxima mesa de negociação dos financiários com a Fenacrefi será no dia 2 de agosto, em São Paulo, na sede da Fenacrefi.
 

FETEC-CUT/SP, com informações da Contraf-CUT e do Seeb/SP

Fonte: FETEC-CUT/SP
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